top of page

Na esperança com a psicologia

A qualidade de vida no pós-transplante depende, entre outros fatores, do apoio psicológico

​

Após a realização de um transplante, inicia-se o período de recuperação imediata da cirurgia. Segundo dados do Hospital das Clínicas da Unicamp, a primeira fase da recuperação começa com a internação por um ou dois dias - seguindo avaliação do caso – na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois desse processo a rotina já é outra. Todos os cuidados médicos que irão durar dali em diante começam nessa etapa: remédios, imunossupressores, nova rotina de vida e orientações. É comum que a preocupação relacionada ao pós-transplante recaia bem mais nos cuidados físicos. No entanto, a recuperação psicológica se faz essencial neste período em que o paciente está sujeito a modificações emocionais. Além de auxiliar no combate à depressão, a orientação psicológica é uma das principais formas de diminuir o tempo crítico da readaptação de vida.

Como cita a psicóloga hospitalar, Viviane Battistella, o acompanhamento e da proximidade familiar quando existem casos de doenças, tanto curáveis, quanto incuráveis, talvez seja imprescindível e não só importante. “Receber afeto das pessoas em um momento em que você está vulnerável pode fazer toda a diferença na recuperação, inclusive do ponto de vista psicossomático”, observa. 

Para as doações em vida, Viviane também cita que além da compatibilidade congênita, a compatibilidade afetiva transforma o processo cirúrgico. 

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

Vale lembrar que toda cirurgia pode gerar um quadro de depressão nos primeiros 90 dias. Para a psicóloga, esses casos podem ser decorrentes da anestesia ou também do processo em que o paciente ficou inserido. “Pode acontecer tristeza, melancolia e também depressão. Mas, todos esses sentimentos estão ligados diretamente à cirurgia em si e não somente a casos de transplantes”, comenta. 

​

​

​

​

​

​

NA ESPERANÇA COM A PSICO
Cuidados Ilka
Dra. Ilka Boin -
00:0000:00

Cuidados

A atenção agora precisa ser voltada para o transplantado. Dra Ilka cita que além dos cuidados físicos, o contato com a família é de extrema importância. É preciso que os familiares entendam que, nos primeiros momentos, o apoio e dedicação de todos é imprescindível.

​

​

​

​

​

​

Para os médicos, a relação com o paciente é como a de um casamento. Por isso, a principal frase entre os transplantados e os especialistas é: “Até que a morte nos separe”. A especialista fala que o transplante, seja de fígado, rim ou medula (casos que podem ser transplantados em vida), como coração, pele, córnea, entre outros é uma garantia de cura. “É onde entra nossa brincadeira. Desde que o paciente seja ‘um mocinho comportado’, as chances de prolongação da vida são altas”, comenta.

Já para os cuidados médicos, Viviane faz um alerta: os pacientes que se submetem a procedimentos cirúrgicos precisam estar devidamente preparados para tal. Para isso, os psicólogos costumam acompanhar, principalmente, os momentos pré-cirúrgicos. Há também a necessidade de se trabalhar questões independentes de cada caso como o durante e o pós-operatório. “Quanto mais prevenido você estiver para enfrentar alguma fase da sua vida, nesse caso, a intervenção cirúrgica, mas fácil será criar repertório para passar por esses momentos”, constata.

bottom of page